segunda-feira, 26 de junho de 2017

Paixão e Amizade

          PAIXÃO E AMIZADE

- És tu paixão, que roubas sem perdão no coração da minha amiga o amor platónico;
- Que de tão louco, não supero essa roubalheira, porque sua presença me deixa daltónico;
- Ai amiga! Aos poucos e sem querer por te me apaixonei, dai eu sei que para Deus eu pequei;
- Pois nosso amor seria um fracasso, como chuva de verão, porque tu, de alguém eu roubei;

- Amiga, aos poucos eu me perco, me sufoco e sem esperanças vivo morto de uma morte vindoura;
- A te eu não culpo, mas o meu pobre coração e ambicioso como a víbora;
- Enganando aos poucos a minha alma faminta e sedenta de amor, a morte me abraça agora;
- Porque sem ter voçê, a minha vida neste mundo não presta, nem para encarnação vindoura;

- Amiga por te me apaixonei, a morte eu sozinho abracei, mas tenho medo de cedo e tão jovem morrer;
- Sem antes contigo viver, feliz eu ser ate que a minha miúda alma tenha que adormecer;
- Ao menos beber o mel da sua boca, sugar o suco que de longe sinto o sabor, ai amiga;

- Quem me dera que desta cantiga, eu consiga ao menos me confessar, por favor me aceite amiga;
- Acordar do seu lado, um dia só é o meu maior sonho que mesmo acordado eu te sonho;
- Amiga, tu serás parte de mim, para todo o sempre, mesmo que amanha eu não acorde deste maldito sono, lembre-se do meu maior sonho;

A amizade gera paixão e a paixão gera amor





                      Adelino Luís in ‘soneto da Paixão e Amizade’

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