segunda-feira, 29 de março de 2021

OS RELATOS DE PALMA, AS FERIDAS QUE JAMAIS CICATRIZARÃO

 Operação resgatar pessoas e barbaridade dos Terroristas em Palma


A tarde do passado Sábado, assim como Domingo registaram-se ataques esporádicos, feitos pelos terroristas que estão na Vila Sede. Eles atacavam e se esconder nas matas sempre que as FDS se movimentam. 

Os terroristas não tem saída pois às FDS bloquearam todas vias de e para Palma, acredita-se que Palma pode estar pior que Mocimboa da Praia, não em termos de destruição, mas em termos de mortes de civis por decapitação pelos terroristas, estes estão escondidos em casas destruídas, onde também estão escondidos alguns Civis, mas  é difícil distinguir porque os terroristas estão na mesma situação ou seja a fugir, as pessoas que se refugiaram para as praias quase todas já estão em Afungi. 

As FDS estão com um trabalho muito duro e difícil, resgatar as pessoas e combater os insurgentes. Os terroristas saem para disparar quando um grupo de militares tentam resgatar Civis. Cerca de dois terços da vila encontram-se com sinais de destruição significativa como resultado dos ataques dos terroristas. As FDS ganharam terreno no controlo da Vila, nomeadamente no bloco Norte, registou se um maior aumento de fuga dos Terroristas para as matas (esconderijos), e estão a ficar sem capacidade logística.

 A Vila está dividida, por vezes fica a sensação de que esta abandonada, mas se alguém se mexe saem logo tiros de terroristas que aparecem de diversas partes isso, esta situação causa pânico e faz com que as pessoas fiquem escondidas. Segundo relatos muita gente foi evacuada de helicópteros para lugares seguros como é o caso de Afungi e Pemba e outros para Quitunda. Os ataques foram fortes e só não aconteceu o pior porque as FDS lutaram e defenderam a vila e as populações. Em alguns círculos fala se que a incursão jihadista em Palma se destinava a aliviar o domínio militar sobre o cerco em Mocímboa da Praia 


PORQUE FALHOU A ESTRATEGIA DOS INSURGENTES PARA TOMAR A VILA

Começam a surgir revelações sobre as tácticas dos insurgentes para entrar em Palma. Implicaram a concentração de pessoas numa zona tampão [crítica] para o seu desempenho, à espera que os helicópteros FDS bombardeassem ali. Isto não aconteceu. Os serviços secretos militares locais descobriram esta estratégia. Parece ter sido um ataque muito coordenado, semelhante ao que levou Mocimboa da Praia no ano passado.  

Durante vários dias, insurgentes infiltraram-se em Palma e ficaram com a comida local. Três grupos atacaram na quarta-feira e foram apoiados mais tarde por mais terroristas que chegaram de camião. As estradas para Palma foram bloqueadas por terroristas que emboscaram veículos e atacaram soldados que tentavam chegar a Palma. 

Os atacantes atacaram primeiro instalações governamentais, tais como a polícia, o hospital e três bancos onde procuraram dinheiro mas não encontraram, os erros já não se repetem. Muitos edifícios governamentais e comerciais foram destruídos. Calcula se que os terroristas devem ser de pelo menos 150 combatentes, isto sem contar com as baixas, cerca de 70. A razão pela qual os jihadistas assaltaram Palma nesta altura é desconhecida, dias depois de o Governo e a Total terem renovado a sua parceria para tornar viável a Área 1 e alguns dias antes do início dos desembolsos dos financiadores para o projecto. Só o ataque a Palma não é suficiente para interromper o projecto de GNL da Área 1, disse uma fonte da indústria. Palma tem a contribuição logística que a estrada proporciona, mas que o mar pode substituir. E isto será assim num futuro próximo.


RESPOSTA DAS FORÇAS DE DEFESA E SEGURANÇA

A resposta das FDS foi de grande bravia, a caça dos cerca de 100 insurgentes que entraram atacando em três direcções de Palma, em simultâneo, continua por parte dos militares posicionados em lugares tidos como estratégicos. Entretanto, há vários pontos de controlo das FDS, ao longo do trajecto de e para Palma, a fazendo controlo rigoroso de gente que intenta na Tanzania. Em termos tácticos, todos os militares de Palma receberam orientações para se manterem nas suas posições e responderem contra alvos em movimento. Na península de Afungi, por exemplo, militares recebiam e mantinham em enormes esconderijos internos cidadãos que fugiam da violência. Segundo fontes os militares que foram indicados para responder com fogo contra insurgentes foram instantaneamente enviados de três grandes proveniências e de voos a destacar, de Maputo, de Mueda e de Pemba Cidade.  

PRINCIPAL OPERAÇÃO DE “SALVAMENTO” DAS PESSOAS

O principal objectivo foi o salvamento das pessoas, operações conjuntas entre as FDS e a TOTAL e os subcontratados, já aprendidos os erros anteriores por parte dos civis. Uma fotografia aérea captada por um dos helicópteros que faz cobertura as forças governamentais no terreno, em Palma, mostra um cenário em que algumas viaturas foram imobilizadas ao longo do troço Palma – Quionga devido a emboscadas dos insurgentes. Na imagem, (fazer zoom), vêm-se corpos de condutores mortos quando tentavam fugir da violência na vila de Palma. 

O SUCESSO DA OPERAÇÃO “PRAIA”

O sucesso da operação de salvamento de um grupo de pessoas cerca de 100 pela praia até Afungi, foi um grande feito. Todos chegaram bem a afungi, sempre acompanhados por um telefone satélite de um dos membros do Grupo, assim foi possível fazer comunicações e acompanhar o grupo em segurança. Foi neste grupo que estava o cidadão Português que estava ferido numa perna. Este mesmo cidadão já está em Maputo. Foi evacuado de Afungi para Pemba e de Pemba para Maputo. Esta foi uma das mais críticas operações de salvamento. Um grande trabalho de todos.


 O SUCESSO DAS OPERAÇÕES DE REVISTA AS POPULAÇÕES QUE SAIM DE PALMA

As FDS tiveram sucessos significativos na operação das vistorias, vistorias nas mochilas e pastas dos refugiados, muitos deles não são refugiados comuns, já foram apreendidas algumas armas desmontadas guardadas nas pastas, há ainda terroristas misturados com os civis. Os deslocados de Palma que chegam à Pemba por via marítima, concretamente na praia de Paquitequete, são interditos de abandonar as embarcações para efeitos de fiscalização. Alguns chegam a pernoitar nos barcos, que o longo de dias fizeram o trajecto marítimo de aproximadamente 170 milhas no mar. Quem por ventura abandona as embarcações sem passar pelo processo de fiscalização / revista é punido ou denunciado às forças conjuntas, nomeadamente a policia de protecção civil, autoridades comunitárias, entre outras.

Edição: Lazer e Vida 



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